quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Medo(s)





Eu. Você. Nós.
Medo coletivo.
Uma dupla mediação do que seja o medo.
Algo constante que não passa...
Ages com a angústia do mais,
amotinado com as diversas formas 
de sobrevier... ou simplesmente viver...

Medo de tudo, de todos, de mim...
Medo de mim?
Meu eu me transpassa
sobre o que quero.
E as palavras que já não bastam
suplicam aos dedos e ao "EU" que parem.

É essa constância do medo,
que não quer passar,
que não quer parar,
que tornam as coisas maleáveis aos outros...
E o medo de ser ao ser .

[[Carlos Farias]]

Meu certo

Os acontecimentos me enaltecem.
A chuva não me molha e, 
as experiências me fazem cair maduro,
agora caminham sobre as areias do tempo.

Eu "tô" certo? E "tô" errado?
Não sei. Não. Eu Sei .
Já vi que de mim não resta mais nada.
E o que eu posso fazer?
Esperar uma resposta 
do tempo diante das coisas 
que ele (o tempo) me proporcionou. 
Agora é tarde.
E axo que o fim é o início de um novo tempo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SINAIS PONTUADOS

Não quero pontos finais
Quero retiscências.
Às exclamações sejam dadas 
Boas vindas,
Mas o que fazer com as interrogações?

Uso um traço. 
Eu traço a palavra.
- Não quero explicar!
Não vou usar dois pontos para
explicar o que não se explica: acontece!

Mas abro um parêntese:
as vírgulas nos interceptam 
e mexem em nós, e nos deixam confusos...
Confusos...
Ó virgulas...
As interrogações às restiscências...
E sem ponto final (!)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

UM... DOIS... TRÊS...


Um por três,
Um, dois... três...

Na vez da vacância
Gemido sentido
Sussurro entoado.

Dá-se ao paladar
Que fora agussado...

No mar entre pernas
No fim situado
Sentido em tudo
O breu exalado.
E expele o desejo....

Cama quente...
Roupas ao Chão....

Três por um,
Três, dois... um...

[[Carlos Fariias ]]

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pensamentos líquidos...



Desejo-te nas horas mais difíceis.
És essencial nas horas mais precisas
Me despertas os mais preciosos desejos
Quero-te como me queres. Queres-me como te quero.

Nossos desejos recíprocos aumentam os sentidos
De viver a te querer nos momentos mais sarcástico de minha existência
Nas horas mais delirantes de minha plenitude
Num momento viajante de um estágio de sobrevivência ao teu sabor inexplicável.

E mesmo que me possuas com teu poder inexplicável
És o álcool que me consomes quando preciso de um conforto
Que o calor humano não entende nos desejos de uma imperfeição de outro ser.

Te desejo como és. De uma essência comunal
De uma comunhão bilateral quase perfeita
Entre um ser dependente dos desejos da imortalidade líquida do incosciente humano.

[[Carlos Fariias]]

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

À sombra da Lua



A luz da lua,
Como é perfeita!
Brilha em rostos imperfeitos
roçados a poucas palavras
e embebidos do que se quer,
questionado pelo que não quer
e feito pelo que é! 

Agora não dá mais.
Não há como fugir.
Seu brilho banha a união do que agora é um.
Acabou.
O vento limpa o que agora é dois
deixando ao ar a essência que acaba
e que se transporta à vontade
do que vai se tornar quase perfeito.

sábado, 4 de setembro de 2010


"É preciso estar sempre embriagado.
Para não sentirem o fardo incrível do tempo,
que verga e inclina para a terra, é preciso que
se embriaguem sem descanso. Com quê?
Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher.
Mas embriaguem-se."

[[Charles Baudelaire ]]

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Delirando...

A cidade dorme. Meu corpo vaga nas pedras das suas formas.Meus sentidos ultrapassam as medidas do tempo
Para sentir-te, mas perto com o auxilio do pensamento
A te colocar sempre ao alcance de meus desejos mais cínicos e opulentos.

Meus olhos deliram.
O sabor de bocas estranhas me desperta a ti.
Sentindo-te nas mais diversas formas de desejo
Tenta-se a mais difícil forma de tortura ao sentimento:
Tocar-te em vida, quando o que resta de ti
São as lembranças de um passado que insiste em não voltar.

[[CARLOS FARIAS]]